segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Oxum

Mitologia
Oxum, a deusa brasileira das águas — rios, riachos,
fontes — é conhecida por seu amor pelas coisas belas. Ela gosta de
se enfeitar, especialmente com as cores amarela e dourada. Gosta de
ritos em ambientes aquáticos, que incluam homenagens com mel e
dinheiro (moedas de cobre). Seu colar de búzios simboliza seu conhecimento
e poder de adivinhação. Diz-se que as mulheres devotadas
a Oxum carregam o dom especial da sua Deusa. Elas andam e dançam
dos modos mais excitantes e provocantes. No seu caminhar está
o fluxo do rio. Ninguém consegue escapar de seus encantos.


Oh, deixe-me deliciá-la com a minha
beleza
de modo que o olho possa dançar de alegria
deixe-me seduzi-la com perfumes
para que você inspire prazer
deixe-me excitar seu paladar
até sua língua tremer
deixe-me acariciá-la com um som
que faça seus ouvidos zunirem
deixe-me tocar o seu corpo
com a música da cachoeira
e adornar sua beleza com
braceletes dourados e mel e perfume
e quando tudo tiver sido feito
quando todos os seus sentidos tiverem sido despertados
quando seu espírito celeste se unir de modo jubiloso
com seu corpo terrestre
então você conhecerá a sensualidade

  Oráculo da Deusa

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

DEUSA ASTARTE




Ela era uma deusa da fertilidade e seu culto tinha uma carga profundamente erótica. Ao invés do sacrifício humano, típico do culto a Baal, outro Deus dos fenícios, o culto a Astarte era marcado principalmente pelas ritualística sexual.
Seus símbolos eram o leão, o cavalo, a esfinge, a pomba, e uma estrela dentro de um círculo indicando o planeta Vênus.
Era deusa da lua e sua personificação era a estrela da manhã, o planeta Vênus. Ela é a evolução de uma divindade Suméria, Ishtar, e acredita-se que seja a precursora de Isis dos egípcios e de Afrodite. Seu culto porém era muito difundido porque ela era a deusa que prometia a vitória, a fertilidade, a fartura, o prazer, enfim, tudo de bom que a vida tem a oferecer.
Tem uma associação muito forte com o eixo Touro-Escorpião devido ao seu caráter profundamente erótico. Era frequentemente representada com serpentes, ou com uma meia-lua sobre sua cabeça. Seu festival era celebrado durante o coração da primavera, época marcada pela passagem do sol pelo signo de Touro, porque era o momento associado as floradas, quando os campos vicejavam na região do mediterrâneo, época marcada principalmente pela fertilidade que inundava o mundo e que era associada a essa deusa. 


 Oração à Deusa Astarte
Que eu tenha hoje e a cada dia,
A força dos Céus,
A luz do Sol
O resplendor do Fogo,
O brilho da Lua,
A presteza do Vento,
A profundidade do Mar,
A estabilidade da Terra,
A firmeza da Rocha.
Que assim seja!
E assim se faça!
(Deve ser pronunciada ao dormir e ao acordar)

Ritual
Os seus rituais eram múltiplos, passando por ofertas corporais de teor sexual, libações, e também a adoração das suas imagens ou ídolos. O seu principal culto ocorria no equinócio da primavera e era altura de grandes celebrações à fertilidade e sexualidade. O sexualismo e erotismo ligados ao seu culto faziam dela uma deusa muito adorada entre os povos da altura, exatamente pelo seu teor. Talvez seja este o motivo que levou o rei Salomão a adorar esta deusa (1 Reis 11:5), contrariando o seu Deus.

texto tirado da internet

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Freya

 

Oração para Freya

“Freya!
Senhora das Idisis,da Fertilidade,do Poder,do Amor e da Paixão,
Ajude-me a encontrar meu caminho!
Senhora da Mulheres, Deusa Suprema do Feminino, mostre-me a chave da Magia e Justiça!
Senhora dos Gatos e da Guerra, oriente-me nos momentos difíceis e me dê agilidade e coragem para superar meus obstáculos!
Senhora da Riqueza, dai-me energia pura e restauradora do teu Amor.
Minha alma e coração te pertencem e honrarei teu nome eternamente!
Em nome do Fogo, do Ar, da Terra e da Água,
Poderosa Rainha dos Vanir, mais bela e querida entre todas as Deusas,
Derrame suas bênçãos sobre mim!”.

Invocação a Freya

(por Tyrfang Hollydragon)
Hail Freyja, Senhora dos mistérios e da paixão,
Encanta nossos caminhos e nos mostra a beleza do mundo, a riqueza na diversidade e o encantamento do despertar.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Deusa Durga


Mitologia
Na índia, a Deusa é chamada Devi. Para os hindus, todas as Deusas são uma deusa, diferentes aspectos de Devi ou do Feminino Divino.
Um aspecto de Devi nasceu para livrar o mundo do demônio do mal, Durga. Na batalha entre os Deuses e os anti deuses ou demônios, nenhum dos Deuses pôde destruir Durga, então eles foram até Devi e lhe pediram ajuda. Montada num tigre e brandindo suas temidas armas, ela atacou o demônio, que se transformou de uma forma terrível em outra até Devi matá-lo, quando se transformou num búfalo.
Como recordação da grande batalha, Devi assumiu o nome de Durga.


LIMITES
Quando ameaçada por demônios
corajosamente me protejo
com tudo o que sou
com tudo o que tenho
do âmago profundo
Invoco tudo aquilo de que preciso
Sou a "Inacessível"
pois me coloco além do alcance
de tudo o que me destruiria
de tudo o que me aniquilaria
de tudo o que tenta me ferir
Sou a "Inatingível"
pois nada pode me alcançar sem que eu queira
Eu danço a minha dança da unidade
é só o que me sustenta
só o que me alimenta
me ama
A tudo que não o faz
eu digo: aproxime-se. O risco é seu!

Do livro: Oráculo da Deusa

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

OXÓSSI - Deus Caçador

Oxóssi (Òsóòsi) é o deus caçador, senhor da floresta e de todos os seres que nela habitam, orixá da fartura e da riqueza. Atualmente, o culto a Oxóssi está praticamente esquecido em África, mas é bastante difundido no Brasil, em cuba e em outras partes da América onde a cultura iorubá prevaleceu. Isso deve-se ao facto de a cidade de Kêtu, da qual era rei, ter sido destruída quase por completo em meados do século XVIII, e os seus habitantes, muitos consagrados a Oxossi, terem sido vendidos como escravos no Brasil e nas Antilhas. Esse fato possibilitou o renascimento de Kêtu, não como estado, mas como importante nação religiosa do Candomblé.

Oxóssi é o rei de Kêtu, segundo dizem, a origem da dinastia. A Oxóssi são conferidos os títulos de Alakétu, Rei, Senhor de Kêtu, e Oníìlé, o dono da Terra, pois em África cabia ao caçador descobrir o local ideal para instalar uma aldeia, tornando-se assim o primeiro ocupante do lugar, com autoridade sobre os futuros habitantes. É chamado de Olúaiyé ou Oni Aráaiyé, senhor da humanidade, que garante a fartura para os seus descendentes.

Na história da humanidade, Oxóssi cumpre um papel civilizador importante, pois na condição de caçador representa as formas mais arcaicas de sobrevivência humana, a própria busca incessante do homem por mecanismos que lhe possibilitem se sobressair no espaço da natureza e impor a sua marca no mundo desconhecido.

A coleta e a caça são formas primitivas de busca de alimento, são os domínios de Oxóssi, orixá que representa aquilo que há de mais antigo na existência humana: a luta pela sobrevivência. Oxóssi é o orixá da fartura e da alimentação, aquele que aprende a dominar os perigos da mata e vai em busca da caça para alimentar a tribo. Mais do que isso, Oxóssi representa o domínio da cultura (entendendo a flecha como utensílio cultural, visto que adquire significados sociais, mágicos, religiosos) sobre a natureza.

Astúcia, inteligência e cautela são os atributos de Oxóssi, pois, como revela a sua história, esse caçador possui uma única flecha, por tanto, não pode errar a presa, e jamais erra. Oxóssi é o melhor naquilo que faz, está permanentemente em busca da perfeição.

Em África, os caçadores que geralmente são os únicos na aldeia que possuem as armas, têm a função de salvar a tribo, são chamados de Oxô, que significa guardião e wúsí que significa popular, ouseja Osowusí e na expressão popular acabou virando Oxóssi. Oxóssi também foi um Òsó, mas foi um guardião especial, pois salvou seu povo do terrível pássaro das Iyá-Mi.

Outras histórias relacionadas com Oxóssi apontam-no como irmão de Ogum. Juntos, eles dominaram a floresta e levaram o homem à evolução. Além de irmão, Oxóssi é grande amigo de Ogum – dizem até que seria seu filho, e onde está Ogum deve estar Oxóssi, as suas forças completam-se e, unidas, são ainda mais imbatíveis.

Oxóssi mantém estreita ligação com Ossaim (Òsanyìn), com quem aprendeu o segredo das folhas e os mistérios da floresta, tornou-se um grande feiticeiro e senhor de todas as folhas, mas teve que se sujeitar aos encantamentos de Ossaim.

A história mostra Oxóssi como filho de Iemanjá, mas a sua verdadeira mãe, segundo o mais antigos, é Apaoká a jaqueira, que vem a ser uma das Iyá-Mi, por isso a intimidade de Oxóssi com essa árvore.

A rebeldia de Oxóssi é algo latente na sua história. Foi desobedecendo às interdições que Oxóssi se tornou orixá.

Tal como Xangô, Oxóssi é um orixá avesso à morte, porque é expressão da vida. A Oxóssi não importa o quanto se viva, desde que se viva intensamente. O frio de Ikú (a morte) não passa perto de Oxóssi, pois ele não acredita na morte.

Características dos filhos de Oxóssi

Os filhos de Oxóssi são pessoas de aparência calma, que podem manter a mesma expressão quando alegres ou aborrecidas, do tipo que não exterioriza as suas emoções, mas não são, de forma alguma, pessoas insensíveis, só preferem guardar os sentimentos para si.

São pessoas que podem parecer arrogantes e prepotentes, e às vezes são. Na realidade, os filhos de Oxóssi são desconfiados, cautelosos, inteligentes e atentos, selecionam muito bem as amizades, pois possuem grande dificuldade em confiar nas pessoas. Apesar de não confiarem, são pessoas altamente confiáveis, das quais não se teme deslealdade; são incapazes de trair até um inimigo. Magoam-se com pequenas coisas e quando terminam uma amizade é para sempre.

São do tipo que ouve conselhos com atenção, respeita a opinião de todos, mas sempre faz o que quer. Com estratégia, acabam por fazer prevalecer a sua opinião e agradando a todos.

Altos e magros, os filhos de Oxóssi possuem facilidade para se mover, mesmo entre obstáculos. O seu andar possui leveza e elegância. A sua presença é sempre notada, mesmo que não façam nada para isso acontecer.

Os filhos de Oxóssi gostam de solidão, isolam-se, ficam à espreita, observam atentamente tudo que se passa à sua volta. Curiosos, percebem as coisas com rapidez, são introvertidos e discretos, vaidosos, distraídos e prestativos, comportamento típico de um caçador, provedor do seu povo.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O MITO DE PSIQUE

 
O mito de Eros (Cupido) e Psique tem sido muito usado como analogia para a psicologia feminina por diversos analistas junguianos.
Psique é uma mulher mortal grávida que procura a união com seu marido, Eros, Deus do Amor e filho da Deusa Afrodite. Entretanto, compreende que deve submeter-se a brava Afrodite para reconciliar-se com Eros.
Ao apresentar-se à Deusa, essa para testá-la lhe dá quatro tarefas. As tarefas possuem importantes significados simbólicos, que representam capacidades que todas as mulheres precisam desenvolver. A cada tarefa cumprida, Psique adquire uma habilidade que não tinha antes, habilidade masculina ("animus") presente na personalidade da mulher.
O mito de Eros (Cupido) e Psique nos foi transmitido por Apuleio, poeta romano do século II d.C., em seu livro O Asno de Ouro ou Metamorfoses.
O MITO
Psique era a mais nova e bela das três lindas filhas de um rei e uma rainha. Sua beleza ao ser exaltada pelo mundo inteiro, chegando a ser comparada com a Deusa Afrodite. Essa irritou-se com a atenção dispensada a essa mera mortal e chamou seu filho Eros para ajudá-la a resolver o problema. As setas de Eros eram irresistíveis e invencíveis e todos que eram atingidos por elas apaixonavam-se. Afrodite pediu ao filho que fizesse que o homem mais vil e cruel se apaixonasse por Psique.
Eros preparou-se para obedecer às ordens maternas. Havia duas fontes no Jardim da Deusa, uma de água doce, outra de água amarga. Eros encheu dois vasos de âmbar, cada um com água de uma das fontes e dirigiu-se ao quarto de Psique que dormia. Derramou, então, algumas gotas da água da fonte amarga sobre os lábios da jovem, depois, tocou-a de lado com a ponta de sua seta. Psique acordou e abriu os olhos diante de Eros, que perturbado, acabou ferindo-se com sua própria seta. Descuidando-se do seu ferimento, derramou as balsâmicas gotas da alegria sobre os cabelos da moça.
Desde deste dia, nenhum rei, príncipe ou plebeu apresentou-se mais para pedi-la em casamento. Suas duas irmãs mais velhas casaram-se, mas Psique, confinada em seus aposentos, deplorava a solidão, irritada com sua beleza, que agora não mais despertava o amor.
Seus pais, decidiram então, buscar o conselho do oráculo do Deus Apolo em Delfos, que respondeu:
-" A jovem não se destinava a ser esposa de um amante mortal. Seu futuro marido a esperava na montanha e era uma horrível serpente alada".
Os pais foram aconselhados a levar Psique ao alto da montanha para que encontrasse a sua sorte. Quando lá foi deixada, a jovem tremia de medo e apreensão e o gentil vento sul, Zéfiro, com suas brisas suaves fez com que ela adormecesse. Quando acordou na manhã seguinte, viu-se em um palácio de grandiosidade inimaginável. Dúzias de servas apareceram para satisfazer seus caprichos.
Durante à noite, foi acordada por uma voz gentil, era o seu amante. Na escuridão, não podia vê-lo, mas seu corpo e sua pele pareciam ser de um homem jovem de grande beleza. Depois dessa primeira noite, Psique ficou curiosa para ver seu rosto. Entretanto, ele insistiu que ela jamais deveria olhar seu rosto e, se isso acontecesse teria que deixá-la para sempre.
Certo dia, Psique recebeu a visita de suas irmãs, que ao chegar queriam saber de seu amante. Como jamais vira seu rosto, suas respostas foram consideradas muito inconsistentes.
As irmãs percebendo que existia muitas falhas nas histórias de Psique, provocaram-na dizendo:
-"Esse é um palácio magnífico, mas mesmo assim é uma preço alto demais por ter que deitar com um monstro".
Quando as irmãs partiram, Psique ficou cheia de dúvidas e então, resolveu que usaria astúcia, mas iria tentar ver o seu amante. Ela esperou acordada sua chegada. Quando ele entrou no quarto escuro e caiu no sono, ela foi até a sala e pegou uma lamparina à óleo, que levou até o quarto. Vendo-o na luz pela primeira vez, não pôde acreditar em seus olhos: era a visão mais linda do mundo, talvez até ele fosse um Deus. Ela curvou-se para beijá-lo e um pouco do óleo quente da lamparina caiu sobre o seu ombro, acordando-o.
O jovem ergueu-se num salto e gritou:
-"Eu disse que nunca deveria olhar meu rosto!"
Vestindo seu manto da invisibilidade, ele fugiu do quarto. Psique correu atrás dele, mas já era tarde demais. Enquanto o perseguia, ouviu-o identificando-se como sendo Eros, o Deus do Amor, filho da Deusa Afrodite.
Psique soube que estava condenada. Era óbvio que seu relacionamento com Eros não teria mais futuro e ainda, sua própria vida estava fadada a extinguir-se. Tudo que lhe restava era jogar-se aos pés de Afrodite e jurar servi-la o resto de seus dias. Talvez a Deusa tivesse um pouco de compaixão dela.
Zéfiro encaminhou Psique até às câmaras de Afrodite, que apreciou a oportunidade de vingar-se pessoalmente de sua rival mortal.
Psique joga-se aos prantos as pés da Deusa, rogando seu perdão. Afrodite, embora não tenha intenção de perdoá-la, nem mesmo ajudá-la a reconciliar-se com Eros, resolveu testá-la.

PRIMEIRA TAREFA: SEPARAÇÃO DAS SEMENTES
Afrodite encaminha Psique até uma sala e mostra-lhe um monte enorme de sementes misturadas: milho, cevada, papoula, ervilha e feijão. Diz então, que ela deve separar cada espécie de semente em um monte em separado até o anoitecer.
A tarefa parece impossível, até que uma grande quantidade de despretensiosas formigas vêm em seu auxílio, colocando cada espécie, grão em grão, em seu monte próprio.
A "classificação das sementes", requer que olhemos para o nosso interior, onde deve-se peneirar sentimentos, valores e motivos, separando o que é importante do insignificante.
Quando aprendermos a nos deter diante de uma situação confusa, não agindo até que tudo se esclareça, aprenderemos a confiar nas "formigas". Esses insetos são análogos a um processo intuitivo e estão associados com o inconsciente. Ou o esclarecimento pode vir também, do trabalho consciente, mediante uma avaliação, que determinará a prioridade dos elementos envolvidos na questão.

SEGUNDA TAREFA: COLHENDO A LÃ DOURADA
Em seguida, Afrodite ordenou a Psique que adquirisse amostras de lã dourada que deveria ser retirada dos terríveis carneiros do sol. Eram animais enormes, agressivos, providos de chifres, que ficavam no campo, dando cabeçadas um no outro. Se Psique tivesse que andar entre eles certamente seria esmagada ou morta.
Uma vez mais a tarefa parece impossível, até que um verde junco vem em sua ajuda e a aconselha a esperar até o pôr-do-sol, quando os carneiros se recolhem e dispersam. Nesse momento, ela poderá apanhar com segurança fios do velo de ouro das amoreiras contra as quais os carneiros tinham se raspado.
Simbolicamente, o velo de ouro representa o poder que toda mulher precisa adquirir para não ser destruída na tentativa de conseguir algo.
Psique nos revela, que em situações adversas, o melhor é primeiro parar e observar, esperando o momento oportuno para agir.
 
TERCEIRA TAREFA: ENCHER A JARRA DE CRISTAL
Para a terceira tarefa, Afrodite põe uma jarra de cristal na mão de Psique e manda que a encha com a água de um regato proibido. O tal regato cai em forma de cascata de uma fonte no pico do mais alto rochedo íngreme até a mais ínfima profundeza do mundo subterrâneo antes de ser levado para cima através da terra para emergir uma vez mais da fonte. O regato gelado também é guardado por dragões o que torna a tarefa de encher a jarra quase impossível.
Desta vez, quem vem ajudar Psique é uma águia. A águia simboliza a habilidade de ver a paisagem de uma perspectiva distante e precipitar-se velozmente para apoderar-se do que realmente necessita.
É de especial importância, que nós mulheres, consigamos alguma distância emocional de nossos relacionamentos, para que possamos ver padrões totais, necessários para selecionar detalhes importantes, que possibilitem nos apoderarmos do que é significativo.
Metaforicamente, esse regato no qual Psique deve encher sua jarra, representa a corrente circular da vida.

QUARTA TAREFA: APRENDER A DIZER NÃO
Para quarta e última tarefa, Afrodite ordena a Psique que desça ao mundo subterrâneo com uma pequena caixa para Perséfone encher com seu creme de beleza. Psique relaciona a tarefa com a morte. Agora, uma torre vista de longe lhe dará um conselho.
Essa tarefa é um tradicional teste de coragem e determinação de um herói, pois Psique é informada que encontrará pessoas que lhe pedirão ajuda e por três vezes deverá endurecer seu coração e negar todos os apelos, para poder continuar.
A tarefa que Psique executa quando diz não três vezes, é para exercitar a escolha.
É através dessas quatro tarefas que Psique evolui. Desenvolve capacidades e forças enquanto sua coragem e determinação são testadas. Mas, apesar de tudo, sua essência e suas prioridades permanecem inalteradas. Acima de tudo, ela valoriza seu relacionamento amoroso e arrisca todas as coisas por ele, e no final, vence.
Texto de Rosane Volpatto

A BUSCA PELA VERDADE E COMPREENSÃO
O mito da Deusa grega Psique exemplifica a busca de uma mulher para o crescimento pessoal autêntico, um lembrete de que a integração das nossas experiências, no entanto triste ou assustadora que sejam, amadurece e nos transforma, como o símbolo da borboleta emergindo para a luz de sua casulo escuro.

Símbolos da Deusa da Psique
Geral: Cachoeiras, lua crescente (minguante), grãos, três estrelas (representando o corpo /vida /alma), óleo perfumado, e vasos de cerâmica

Animais: Borboleta, águia, ovelha e carneiro, ratos, formigas e peixes

Plantas: a flor de amêndoa, hera, lírio do vale, lírio d'água, figos e melões

Perfumes: Aromas florais, amêndoa, lírio do vale, e amora

Gemas e Metais: Cristais de todos os tipos, ametista, obsidiana, pedra da lua, turmalina, quartzo rosa e platina

Cores: Preto, azul-claro, prata, roxo e verde mar

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